100a / V.1 JOANNA MARIA DE DEUS CORREIA PINTO [30001a], n. no Recife, f. já em 08-12-1792, quando do casamento de seu filho Gervásio. Filha de Antônio Correia Pinto (n. em Azurara, bispado do Porto, em Portugal; negociante no Recife; capitão; familiar do Santo Ofício) e de Leandra da Costa Lima (n. no Recife, f. tb. no Recife). Domingos e Joanna residiam no bairro da Bela Vista, na chamada "rua dos Pires", como ainda é conhecida a atual Rua Gervásio Pires [Vianna, p. 224].
Casou-se em 05-02-1748, no Recife, com DOMINGOS PIRES FERREIRA [1º do nome], n. 05.04.1720 em Bustelo, Portugal,
"Aos cinco dias do mês de abril de mil setecentos e vinte anos, nasceu Domingos filho legítimo de Domingos Pires e de sua mulher Maria Gonçalves moradores e naturais deste lugar de Bustelo, freguesia de Santa Maria Magdalena. Foi batizado solenemente nesta mesma igreja aos oito dias do dito mês e era por mim o padre Domingos Pinheiro, vigário desta igreja; foram padrinhos Domingos Lopes mestre Pedreiro e sua mulher Maria Rodrigues moradores e naturais da vila de Chaves e estiveram presentes como testemunhas. Domingos Fernandes assistente na dita vila de Chaves e Francisco Gomes deste lugar de Bustelo. E por verdade fiz este termo que assinei dia mês e ano como acima. Vigário o Padre Domingos Pinheiro."
Extraído do site tombo.pt de Registros paroquiais de Portugal. Contribuição de Luiz Felipe Mandetta Clementino em julho de 2019.
e f. antes de 1792 no Recife. Já estava falecido,
quando do casamento de seu filho Gervásio, em 08-12-1792 na igreja de São Cristóvão, em Lisboa [Livro 7, fl. 139]. Irmão de Isabel Pires, casada com Simão Affonso. Tio materno de Domingos Affonso Ferreira [v. 30024]. Domingos Pires Ferreira e Isabel Pires eram filhos de Domingos Pires [do Penedo] (b. 06-04-1681 em Bustelo) e de Maria Gonçalves [Ferreira] (n. na freguesia de São Tomé da Parada do Outeiro, comarca de Chaves), que se casaram em 06-10-1700 na freguesia de Parada do Outeiro, dadas as denunciações na forma do Sagrado Concílio de Trento e não havendo impedimento [assento no cartório da freguesia, fl. 53v.]. Netos paternos de Antônio Pires e de Isabel Ferreira, de Bustelo. Netos maternos de Pedro Gonçalves e de Maria Álvares, moradores de Parada do Outeiro, casados em 04-05-1670, depois de dadas as denunciações na forma do Sagrado Concílio de Trento. Bisnetos materno-paternos de Braz Gonçalves e de Maria Esteves, ambos do lugar e freguesia de São Tomé da Parada. Domingos Pires Ferreira foi o primeiro desse nome a chegar a Pernambuco. Desembarcou no Recife ainda garoto, tendo vindo para morar e trabalhar com um tio materno, o negociante Manuel Alves Ferreira, casado em 06-01-1722 na freguesia de São Frei Pedro Gonçalves, no Recife, com Feliciana de Freitas Barcellar, filha do alferes João Pires de Carvalho e de Luísa de Barcellar [Z. Fonseca, p. 135-6, 140; A. J. Melo, v.1, p. 19-21; Pires Ferreira, v.1, p. 1]. Por uma folha restante de um livro de entradas de mercadorias a ele consignadas de Lisboa, sabe-se que em 1745, aos 27 anos de idade, Domingos já era comerciante acreditado no Recife. Tornou-se negociante dos mais ricos da praça, sendo indicado pelo Corpo do Comércio inspetor dos açúcares e algodões em 1764, 1769, 1774 e 1781, cabendo-lhe também zelar pelo melhoramento daquelas culturas. Almoxarife da Fazenda Real a partir de 22-12-1767, foi um dos homens de maior influência e respeito na praça do Recife, por seu crédito, pelo arrojo como comerciante e pela retidão de caráter. Enviou seis de seus filhos - Antônio, Domingos, Manoel, João de Deus, Joaquim e Gervásio - para estudar na Universidade de Coimbra, entre os anos de 1768 e 1789. Adquiriu fazendas de gado na região norte do Piauí, no município da Parnaíba, estimulado tanto pela forte expansão da pecuária que se seguiu à estagnação da economia canavieira, como pela crescente demanda de gado por parte das Minas Gerais [A. J. Melo, v.1, p. 21; Mott, p. 77-8]. Membro da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Recife. Irmão e juiz da Irmandade do Santíssimo Sacramento da matriz de São Frei Pedro Gonçalves. Familiar do Santo Ofício, título que se obtinha após rigorosa prova de "limpeza de sangue", cristandade e bons costumes [Braga, p. 107].
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