História de Mauro William Barbosa de Almeida


Verbetes / Volume
45640
MAURO WILLIAM BARBOSA DE ALMEIDA, n. 14.06.1950, n. em Rio Branco, no Acre. Filho de Guilherme Corrêa de Almeida (n. na região do rio Purus AC; funcionário do Banco do Brasil em Brasília) e de Maristela Freire Barbosa (n. no município de Xapuri AC; professora; diretora de escola em Brasília). Mauro William Barbosa de Almeida formou-se em ciências sociais na Universidade de São Paulo [1972]. Ph.D. em Antropologia Social (Cambridge University, 1993) e Mestre em Ciencia Politica (Universidade de Sao Paulo 1979). Foi Tinker Professor na Universidade de Chicago em 2006, e fez pos-doutorado na Universidade de Stanford. É Professor-colaborador (aposentado) no Departamento de Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas, e membro do Centro de Estudos Rurais (CERES). Áreas de pesquisa: amazonia, reservas extrativistas, diversidade social, teoria antropológica. Participou da criação da reserva extrativista do Alto Juruá, e do planejamento da Universidade da Floresta (Universidade Federal do Acre - Campus Floresta). Entre suas publicações está o livro A Enciclopedia da Floresta. O Alto Juruá: prática e conhecimentos das populações, em co-autoria com Manuela Carneiro da Cunha.
Casou-se com MARIA MANUELA LIGETI [Manucha] [Manuela Carneiro da Cunha], n. 16.07.1943 em Cascais, Portugal, tendo vindo para o Brasil em 1954, com 11 anos de idade. Formou-se em matemática pura em 1967, na Faculté des Sciences de Paris. Defendeu doutorado em antropologia social na Unicamp, em 1975. Lecionou antropologia na Unicamp, na USP e na Universidade de Chicago. Presidente da Associação Brasileira de Antropologia [1986-88]. Membro da Academia Brasileira de Ciências. Entre outros títulos, publicou: Logique du mythe et de l´action. Le mouvement messianique Canela de 1963, 1973 -- Brasileiros nagôs em Lagos (Nigéria) no século XIX, 1976 -- Os mortos e os outros: Uma análise do sistema funerário e da noção de pessoa entre os índios Krahó, 1978 -- Etnicidade: Cultura residual, mas irredutível, 1979 -- O índio e a cidadania, 1983 -- Negros, estrangeiros: Os escravos libertos e sua volta à África, 1985 -- Os direitos dos índios: Ensaios e documentos, 1987 -- História dos índios no Brasil, 1992 -- Legislação indigenista no século XIX, 1993 -- Pontos de vista sobre a floresta amazônica: Xamanismo e tradução, 1998 -- Populações tradicionais e a convenção da diversidade biológica, 1999 -- Populações tradicionais e a conservação ambiental, 2001 -- Enciclopédia da Floresta - O Alto Juruá: Prática e conhecimento das populações, em co-autoria com Mauro W. B. de Almeida, 2002 -- Cultura com aspas, 2009. Maria Manuela Ligeti é irmã de Ana Margarida Ligeti, casada com Luís Adelino de Almeida Prado, e de Marianne Ramira Ligeti, casada Edgardo Pires Ferreira. Filha de Miklós [Nicolau] Ligeti e de Fanny Schwartz [Pires Ferreira, v.4, p. 190-1].