História de Philomeno Pires Ferreira


Verbetes / Volume
6224 / V.2
Philomeno Pires Ferreira;
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PHILOMENO PIRES FERREIRA, n. 1861 na fazenda Desunido, no município de Barras (batizado em 28.09.1861), e + 1898 de emboscada indigena quando abria uma estrada entre Manaus e Boa Vista, no Amazonas (atual estado de Roraima). Casou-se em primeiras núpcias em 11.09.1878 na fazenda Forteleza, em Barras com sua prima MARIA THEREZA DE JESUS MOREIRA DE CARVALHO, n. na fazenda Fortaleza, no município de Barras, e + em Barras. (Ver Volume 5, verbete 41002). Filha do Tenente Domingos Moreira de Carvalho e de Cândida Rosa Castello Branco (Ferraz, et al., 1926:46). Testemunhas de casamento: Tenente José Francisco da Silva Raposo e o Alferes Francisco José do Rego Castro. No livro "Apontamentos Genealógicos de D. Francisco da Cunha Castello Branco", de Ferraz, et al., aparece erradamente Teresa de Jesus Castello Branco como sendo a primeira esposa de Philomeno Pires Ferreira, além de aparecer também erradamente uma filha de nome Filomena casada e com filhos. Philomeno Pires Ferreira e Maria Thereza de Jesus Moreira de Carvalho foram pais de:
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... e em segundas núpcias em 1896 em Manaus, no AM, com VIRGÍLIA PASTANA DE ALMEIDA, n. em Manaus, e + em Boa Vista, AM (hoje capital do Estado de Roraima). Philomeno Pires Ferreira foi para Manaus, AM, em 1895, logo depois de enviuvar, deixando em Barras, no Piauí, três filhos pequenos, na época em que seu sobrinho, o General Fileto Pires Ferreira (ver neste Volume 2, Parágrafo 2, Alínea) era Deputado Federal pelo Amazonas, e que estava em campanha para o Governo do Estado. Fileto Pires Ferreira, depois de eleito Governador, enviou seu tio, Philomeno Pires Ferreira para a região do Alto rio Branco, na época fazenda dos Magalhães, futura Vila, hoje Boa Vista, capital do Estado de Roraima. A fazenda dos Magalhães no Alto rio Branco foi desapropriada pelo Governador Fileto Pires Ferreira, e os Magalhães mudaram sua fazenda para a região do Recreio, no Alto rio Branco. Esta desapropriação da fazenda dos Magalhães tinha por finalidade assegurar a ocupação brasileira naquela região do extremo norte do país. Para tanto, havia o projeto da criação de uma comarca na região do Alto rio Branco, e da Construção de uma Estrada de Ferro ligando Manaus a futura Vila, hoje Boa Vista, em Roraima. Para alcançar a região do Alto rio Branco, era necessário subir o rio Negro, até este encontrar o rio Branco, e deste, subir o mesmo até a fazenda dos Magalhães. Philomeno Pires Ferreira foi residir com a família no lugar Santa Rosa, onde desenvolveu a agricultura e a pecuária. O lugar Santa Rosa, ficava na região do Alto rio Branco, e de lá, usando a mão de obra indígena, começou a abrir uma picada para a construção de uma Estrada de Ferro que ligaria a região do Alto rio Branco a Manaus, capital do Estado. Para tanto Philomeno contava com a ajuda de Sebastião Diniz, grande fazendeiro da região. Entretanto, faleceu no começo desta empreitada, em consequência de uma "emboscada" dos índios Jaricunas e Porocotes. A utilização de índios na construção desta picada para a construção de uma Estrada de Ferro era de extrema utilidade pelo fato de conhecerem bem a região. Por outro lado, era extremamente díficil a utilização desses índios por residirem em aldeias distantes, por não estarem acostumados a este tipo de trabalho, e de depois de uma a duas semanas "fugirem", de volta para as suas aldeias de origem. Em uma destas "buscas" de índios em suas aldeias, Philomeno Pires Ferreira "caiu" em uma emboscada, e depois de flexado pelos índios, caiu morto na ponta da Serra do Banco, no atual Estado de Roraima. Segundo narração de sua filha Many, em 1982, seu pai Philomeno foi pego em uma emboscada por "engano", dado que ele mantinha as melhores relações com os índios da região, por ser um "branco bom", que dava tudo por eles. No mesmo local de sua morte, na Serra do Banco, na fazenda atualmente conhecida como Bodó, foi sepultado, por Sebastião Diniz. Segundo narrações de sua filha Many, no local de sua sepultura foi construída uma pequena Capela, por ser ele conhecido na região como o "advogado dos perdidos", e milagroso. Philomeno Pires Ferreira levou para a região do Alto rio Branco músicas do Piauí, que por ele eram cantadas, e que sua filha Many nos recorda de uma: "Deixei minha terra sumir-se ligeira por traz das mangeiras a ocultar-se. As praias saudosas se iam fugindo. O barco brincando nas ondas do mar. Triste, bem triste, deixei minha terra. Meu peito morto cruel eu sentia, mas se eu tiver vida constante, ei de vê-la mais rica e mais bela, que quando parti. Deixei meus parentes que nela ficaram, que tanto sentiram a minha partida. Deixei minha mãezinha que aflita chorava, o que lhe causava cruel despedida." Philomeno Pires Ferreira e Virgília Pastana de Almeida foram pais de:
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Philomeno Pires Ferreira [v. 43.844].
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PHILOMENO PIRES FERREIRA, n. 1861 na fazenda Desunido, no município de Barras, f. 1898 em uma emboscada indígena, quando abria uma estrada entre Manaus e Boa Vista AM (hoje capital de Roraima). Casou-se em primeiras núpcias com sua prima MARIA THEREZA DE JESUS CASTELLO BRANCO MOREIRA DE CARVALHO [43.844a] [v. 41.001].
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... PHILOMENO PIRES FERREIRA casou-se em segundas núpcias em 1896, em Manaus, com VIRGÍNIA PASTANA DE ALMEIDA [43.844b], n. em Manaus, f. em Boa Vista.