42378 / V.5 DOMINGOS PACÍFICO CASTELLO BRANCO, n. 07-03-1877 na fazenda Desígnio, no atual município de União PI, f. <1937> na fazenda Santa Cruz, s. no cemitério dessa fazenda. Órfão de mãe aos 2 anos de idade e de pai aos 12, teve como tutor o tio materno Sigismundo Antônio Gonçalves [v. 42.126] e, como cotutor, seu primo Domingos Gonçalves Rodrigues [v. 42.071]. Dos 12 aos 14 anos foi aluno interno do Ginásio Pernambucano, no Recife, juntamente com seu irmão mais moço, Estevão. Do Recife foi mandado para a Alemanha, sempre com o irmão Estevão, para estudar como interno no Instituto Garnier, em Friedrichsdorf, perto de Frankfurt. Regressou ao Brasil em 1895, quando contava 18 anos de idade. Não prosseguiu os estudos depois do regresso ao país. De 1907 a 1926 dedicou-se à compra de gado vacum para a firma Pastoril, de São Luís, da qual se tornou sócio. Chegou a supervisionar mais de 54.000 alqueires paulistas de terra no Maranhão e no Piauí. As fazendas pertencentes a Domingos Pacífico, bem como aquelas por ele administradas, situavam-se em regiões próximas ao rio Parnaíba, que, servindo de divisa entre o Maranhão e o Piauí, atravessa região tipicamente de transição da caatinga para a floresta amazônica. No Maranhão, as terras da parentela e do próprio Domingos Pacífico estendiam-se por cinco municípios situados na região onde se desenrolou a Balaiada [v. 41.138, Lívio Lopes Castello Branco e Silva], a saber: Buriti, Brejo, Santa Quitéria, São Bernardo e Araioses. No Piauí, as propriedades administradas por Domingos Pacífico distribuíam-se por oito municípios: União, Miguel Alves, Maruás (atual Porto), Porto Alegre (atual Luzilândia), Parnaíba, Campo Maior, Livramento (atual José de Freitas) e Barras (na região dos campos, embora na bacia do mesmo rio Parnaíba). Domingos Pacífico tinha como atividade predominante o pastoreio, a criação extensiva de gado vacum, equino, muar e caprino. O centro de operações foi sempre a fazenda Santa Cruz, de propriedade de sua sogra, Victoria Antônia Gonçalves [v. 42.059], tendo a casa-grande da fazenda Santa Cruz servido a diversas gerações, abrigando uma família extensa sob o mesmo teto. Domingos Pacífico viveu ali durante dezoito anos com a esposa e a sogra. Politicamente, seguia seu parente Benedicto Pereira Leite, que liderou a política maranhense de 1895 a 1906 e era casado com Angélica Gonçalves Pires Ferreira [v. 42.124]. Domingos Pacífico Castello Branco casou-se em 28-01-1899 na fazenda Santa Cruz, em Brejo dos Anapurus MA, com sua prima FELICIANA GONÇALVES RODRIGUES [42.378a], n. 05-04-1879 na fazenda Santa Cruz, f. <1953> no Rio de Janeiro [v. 42.069]. Estudou interna no Colégio São José, das Irmãs de Santa Doroteia, em Olinda PE. Filha de Victoria Antônia Gonçalves e de Lino José Rodrigues. Sobre a sociedade em que viveram Domingos Pacífico Castello Branco e Feliciana Gonçalves Rodrigues, é indispensável consultar o trabalho de Lena Castello Branco Ferreira da Costa, que oferece uma excelente descrição da vida e do mundo de um "coronel" dos sertões do Piauí e do Maranhão [Costa, 1978]. Domingos Pacífico Castello Branco e Feliciana Gonçalves Rodrigues foram pais de: |