JACOB DE ALMENDRA FREITAS [45.147a], n. 1850 em Portugal, f. 22-07-1908 na fazenda Abelheiras, s. em Livramento. Lina contava 42 anos e Jacob estava com 25 quando se casaram. Jacob d´Almendra Freitas era irmão de José Rodrigues de Almendra da Fonseca Freitas [v. 45.148]. Filho de João Manuel de Freitas e de Mariana Delphina da Fonseca. Neto de Maria Francisca d´Almendra e de Francisco de Paula Freitas. Sobrinho-neto de Jacob Manuel d´Almendra [v. 45.083]. Bisneto de Maria José d´Almendra e de Manuel Caetano de Carvalho. Sobrinho-bisneto do padre Almendra, João Manuel d´Almendra [v. Apêndice 2]. Jacob d´Almendra Freitas foi integrado à família do comendador Jacob Manuel d´Almendra e educado na casa-grande de São Domingos pelos filhos do comendador. Com o tempo, ajudaria a administrar as numerosas fazendas que constituíam o acervo da casa-grande de São Domingos. Tornou-se um prestigioso fazendeiro e homem de grandes negócios. Participou ativamente da vida política de Livramento, onde foi vereador e presidente da Câmara municipal [1883-87]. Fundou em 1893 a firma Almendra Irmãos & Cia., que se tornaria a mais importante de Livramento [Barbosa et al., 1984, p. 54-9]. Casou-se em 1875 na paróquia de Nossa Senhora do Livramento, atual José de Freitas, com sua prima LINA LEONOR DE ALMENDRA [LINOCA], n. 05-10-1833 na casa-grande do sítio-fazenda São Domingos, em Livramento (atual José de Freitas), f. 09-01-1918 tb. em Livramento, em sua casa (imóvel onde mais tarde viria a funcionar a prefeitura de José de Freitas), s. no cemitério da cidade. Com o falecimento de Lina Leonor, assinalemos o fim das históricas fazendas Abelheiras e Foge-Homem, fundadas pela Casa da Torre dos Garcia d´Ávila. A Abelheiras foi dividida entre seus herdeiros, enquanto a Foge-Homem foi em grande parte vendida, já em 1918, pelas herdeiras viúvas - Eulina Júlia [v. 45.119a] e Josephina [Zuzu] [v. 45.135a] - e seus filhos, a Heitor [Gil] Castello Branco [v. 41.642]. Com a morte de sua irmã Ignez Leonor, Lina passou a criar os dois filhos desta - Jacob Almendra de Souza Gayoso [v. 45.117] e João Henrique de Souza Gayoso e Almendra [v. 45.118] - como seus próprios filhos. Da mesma forma, ajudou a criar um primo português, Jacob d´Almendra Freitas, que chegara à casa-grande de São Domingos com a idade de 8 anos, em 1858, trazido de Portugal pelo pai de Lina, o comendador Jacob Manuel d´Almendra. Mais tarde, Lina viria a se casar com esse primo, Jacob, quase seu filho de criação. Depois da morte de sua mãe, da irmã Ignez Leonor e dos irmãos homens, Lina Leonor de Almendra [Linoca] tornou-se a herdeira do grande espólio da família e senhora da casa-grande do sítio-fazenda São Domingos. Assumiu então a pesada responsabilidade de gerir o vultoso acervo constituído por seus pais. Colocou administradores nas fazendas e propriedades, mas reservou sempre para si o encargo de supervisioná-las. Lina Leonor de Almendra [Linoca] relegou os planos de casamento por alguns anos, até que, finalmente, resolveu contrair matrimônio.
Jacob de Almendra Freitas e Lina Leonor de Almendra [Linoca] não tiveram filhos [Castelo Branco Filho, 2011, p. 124-5].