História de Francisca Castello Branco (1ª do nome)


Verbetes / Volume
24561a / V.4
FRANCISCA CASTELLO BRANCO [primeira do nome] [40.621a], n. no município de Campo Maior, f. na cidade de Barras [v. 42.991]. Filha de Francisco Borges Leal Castello Branco e de Anna Rosa do Lago. Casou-se com seu primo JOSÉ CARVALHO DE ALMEIDA, n. 1770 no sítio-fazenda do Meio, no antigo município de Barras, f. 30-03-1869 tb. em Barras, s. no cemitério da Confraria de Nossa Senhora da Vila de Barras (destruído irresponsavelmente no penúltimo quartel de século XX por políticos da cidade), e não na igreja matriz da vila de Barras, por ele mandada construir com proventos próprios, como era seu desejo. Opulento fazendeiro, com várias propriedades nos antigos municípios de Campo Maior e Barras, residia no sítio-fazenda do Meio, em Barras. Desde muito jovem, em 1793, foi por duas vezes destacado pela junta de governo da província do Piauí para o lugar denominado Pedra do Sal, na hoje conhecida Ilha Grande de Santa Isabel, no delta do Parnaíba. Em 1797 foi destacado pelo governador da província para a cidade de Oeiras, por um período de 47 dias, e em 1815 por 35 dias, novamente pelo governador, para Oeiras. Nesse mesmo ano de 1815, foi nomeado alferes do regimento de infantaria de milícias do antigo município de Campo Maior, sendo imediatamente elevado a tenente. Em 1824 foi promovido ao posto de capitão, chegando a coronel comandante superior da Guarda Nacional de Barras em 1851. Em 1863 foi reformado. Em 1819, quando do falecimento de Francisco Borges Leal Castello Branco [v. 42.990] (administrador dos bens deixados por Manuel da Cunha Carvalho [v. 42.963] e Manuel José da Cunha [v. 42.583]), sogro de José Carvalho de Almeida, este passou a tomar conta da administração da capela de Barras e do espólio de Manuel da Cunha Carvalho e Manuel José da Cunha, que incluía quantias em dinheiro e várias fazendas. Em 14-07-1831, José Carvalho de Almeida lançou os fundamentos de uma nova capela para o povoado de Barras, mais tarde tornada igreja matriz. Nessa época a população do antigo município de Barras não chegava a 5 mil pessoas.
Foram pais de:

OBS.: A propósito da descendência de José Carvalho de Almeida, hoje tudo leva a crer que Maria Joaquina de Jesus Castello Branco Carvalho de Almeida e João Francisco de Carvalho e Almeida não eram seus sobrinhos, à diferença do que publiquei anteriormente [Pires Ferreira, 1992, v. 2, p. 18; 1993, v. 3, t. 2, p. 20], e, sim, seus filhos, dado que José residia no sítio-fazenda do Meio em 1815, quando foi nomeado alferes do Regimento de Infantaria de Milícias do então município de Campo Maior [Borges, 1878, p. 66], e é nesse mesmo sítio-fazenda do Meio que nasce João Francisco Carvalho de Almeida [Carvalho, 2001, p. 9, 35-6; Carvalho, 2007, p. 97-111; Gilberto de Abreu Sodré in Carvalho, 2007, p. 105-6; Pires Ferreira, 1993, v. 3, t. 2, p. 20]. José Carvalho de Almeida e Francisca Castello Branco aparentemente tiveram dezesseis filhos, cuja ordem de nascimento ignoramos [Borges, 1878, p. 69, 84; Gonçalves, 2006, p. 28-32; Pereira da Costa, 1909, p. 254-6; Pires Ferreira, 1959, v. 15, p. 424-7].

Anexos


Transcrição paleográfica - Francisco Borges Leal

Transcrição paleográfica do Registro Paroquial nº 203 da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Barras em nome de Francisco Borges Leal.
(contribuição de Thiago Inácio, em janeiro de 2022).




Álbum de fotografias (1)
Registro Paroquial - Francisco Borges LealRegistro Paroquial nº 203 da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Barras em nome de Francisco Borges Leal.
(contribuição de Thiago Inácio, em janeiro de 2022).