História de Maria José de Carvalho Peixoto


Verbetes / Volume
22113b / V.3B
MARIA JOSÉ DE CARVALHO PEIXOTO, n. 23.01.1844 em Vassouras, RJ, f. 19.03.1901 no Distrito de Santa Teresa, hoje Rio das Flores, RJ, na casa de seu filho Raul de Carvalho Chabregas (Fonte: Rio das Flores, 4 Distrito, Livro de óbitos, número de ordem 32) (cortesia de minha prima Ana Lucia Fernandes de Araújo). Com Missa de 7º dia (encomendada por ser genro Bernardo Sanmartin e Senhora) na Igreja da Conceição da Boa Morte, no Rio de Janeiro, RJ (Jornal do Comércio, 26.03.1901). Irmã de Ambrosina Leopoldina (n. 1837 em Vassouras); de Attília Carolina (n. 17.02.1840 em Vassouras); de Pedro (f. 18.04.1888 na Paraíba do Sul); de João José (f. 01.05.1903 em Carangola, MG); de Agostinho (n. 22.07.1855 na Paraíba do Sul); de Eugenia (n. 1858 na Paraíba do Sul); de Julio (n. 04.06.1860 na Paraíba do Sul) e de Antonio (n. 09.08.1862 na Paraíba do Sul). Todos de sobrenome Carvalho Peixoto. Filha de João José de Carvalho Peixoto (n. em Portugal, e f. na Paraíba do Sul. Estabeleceu-se primeiramente no Rio de Janeiro, depois em Conservatória, RJ, posteriormente em Vassouras, e finalmente na Paraíba do Sul, quando em 1859 foi nomeado sub-delegado. Comerciante. Fazendeiro) e de Antônia Justinianna Monteiro de Godoi (n. 1822 em Campanha, MG e f. Rio de Janeiro, RJ) (dados extraídos de um estudo inédito e comunicação pessoal em maio de 2017 de minha prima Ana Lúcia Fernandes de Araújo (esta, filha de Elza de Carvalho Fernandes; neta de Arthur de Carvalho Fernandes Junior; bisneta de Arthur de Carvalho Fernandes; trineta de Francisco Antonio Fernandes e de Attília Carolina de Carvalho Peixoto (n. 17.02.1840 em Vassouras, f. 1912 em Jacareí, SP)). Em Jornal Gazeta de Notícias de 27.02.1880 de Parahyba do Sul, RJ, encontramos em anúncio publicado neste jornal "fugiu desta cidade há dois meses, mais ou menos, a escrava parda de nome Olaia e diz chamar-se Balbina, de 40 anos de idade, pouco mais ou menos, tem um dedo de uma das mãos mais cheio, sinal de que foi destroncado. Tem umas pintas perto do nariz e é de estatura regular. Consta que está alugada nas oficinas da Estrada de Ferro Dom Pedro II. A pessoa que a entregar na Parahyba do Sul, ao seu senhor Francisco Manso Rodrigues Chabregas será gratificado com a quantia de 50.000, e as despesas de viagem pagas". Nesta época quem tinha escravos tinha algum tipo de poder econômico, como podemos ver Francisco Manso Rodrigues Chabregas pouco antes de falecer possuía muitos bens, entretanto, todos os seus bens imóveis, incluindo fazendas, desapareceram do espólio de Maria José de Carvalho Chabregas nas mãos do advogado que fez o inventário do espólio: Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda (n. 18.05.1864 em Vassouras, RJ e f. 05.07.1925 no Rio de Janeiro. Este na época, jovem advogado, chegando mais tarde a ser nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal em 1912. Parece que as coisas no Brasil não mudaram 100 anos depois.) Maria José de Carvalho Peixoto casou-se em 04.08.1865 na Paróquia de São Pedro e São Paulo (antiga Paróquia de Santo Antonio da Encruzilhada), na Paraíba do Sul com FRANCISCO MANSO RODRIGUES CHABREGAS, segundas núpcias deste, batizado em 26.10.1812 no Paty do Alferes, e + 31.08.1883 na Paraíba do Sul, RJ. Como de seu desejo, provavelmente foi sepultado no cemitério da fazenda São João Nepomuceno. (O testamento e o inventário de Francisco Manso Rodrigues Chabregas foram localizados no Arquivo Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, em 1992, por meu primo (pelo lado dos Werneck) Roberto Menezes de Morais - consultar em: www.tjrj.jus.br _ Cinara Jorge, comunicação pessoal em 2005. Conforme consta no Almanak Laemmert, publicado no Rio de Janeiro, era fazendeiro de café no município da Paraíba do Sul, entre os anos de 1866 e 1871. Sabemos que era proprietário da fazenda São Francisco, na Paraíba do Sul, e que "deixava para sua esposa, as escravas, Anastácia, Marcelina e Vicença e deixava libertos os escravos, Amaro, sapateiro, com 60 anos presumiveis, e João, seu capataz, de 50 e tantos anos". Capitão (título político). Por volta de 1867 na cidade da Paraíba do Sul, já existiam ótimos prédios, como os construídos pelo Dr. Luís Peixoto de Lacerda Werneck, filho do Barão do Paty do Alferes, Francisco Peixoto de Lacerda Werneck; Francisco Manso Rodrigues Chabregas e Cândido Mendes de Almeida, este, maranhense ilustre da cidade do Brejo dos Anapurús, e que foi Senador do Império, e instalou, além da banca de advogado, uma moderma tipografia, imprimindo obras notáveis na Paraíba do Sul, no elegante sobrado do Chabregas, nas Porteiras, de frente para o rio. Não se sabe se alugou de Chabregas (Francisco Manso Rodrigues Chabregas), ou se este, lhe vendeu o sobrado em cujo porão instalou sua oficina gráfica"... (Silva, 1991:60, 74-75). Na mesma publicação de Pedro Gomes da Silva encontramos: "Essas oficinas tipográficas do Senador Cândido Mendes de Almeida foram instaladas na Chácara do Chabregas, nas Porteiras, tendo a casa fachada de pedra lavrada e sacadas sobre o rio. O elegante sobrado no térreo tinha pé-direito mais alto do que o comum" (Silva, 1991:122). Por esta época de 1867, a ferrovia mandada construir por D. Pedro II, cortou os fundos da Chácara do Chabregas, fazendo com que muito do encoanto e bucolismo daquele recanto aristocrático da Paraíba do Sul de então, se devanecesse (Silva, 1991:75). Francisco Manso Rodrigues Chabregas residia em 1883 no lugar denominado São Francisco, na cidade da Paraíba do Sul conforme reza no seu testamento datado de 31 de julho de 1883.
Maria José de Carvalho e Francisco Manso Rodrigues Chabregas foram pais de dez filhos, dentres os quais:
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MARIA JOSÉ DE CARVALHO PEIXOTO [Chabregas]. Anúncio de Missa de sétimo dia em Paraíba do Sul:
Em 07 de setembro de 1883, com seus filhos e juntamente com seus parentes, estavam convidando para as missas de sétimos dia do finado Francisco Manso Rodrigues Chabregas, a serem realizadas às 10h na Matriz da Paraíba; às 9h na Sagrada de São Francisco e às 8:30 na Igreja de São Francisco nesta corte Paraíba do Sul: Dona Antonia Justiniana [De Carvalho]; João José de Carvalho Peixoto e sua mulher; Pedro de Carvalho Peixoto e sua mulher; Dona Francisca Eugenia de Carvalho Pereira; Dona Attília de Carvalho Fernandes; Antonio da Silva Duarte e sua mulher; e Augustinho de Carvalho Peixoto agradecem do íntimo da alma a todas as pessoas que o acompanharam até a sua última morada.