História de Maria Eugênia de Mesquita


Verbetes / Volume
40001a / V.5
MARIA EUGÊNIA DE MESQUITA, n. em Lisboa, f. 1693 em naufrágio na costa maranhense, ao se transferir para São Luís com o marido. Filha de Manuel Pinheiro de Mariz (herdeiro do morgado e capela das Marinhas) e de Eugênia Maria de Mesquita. Casou-se em 18.01.1681 na freguesia de Santa Cruz, Aveiro, Portugal, com FRANCISCO DA CUNHA CASTELLO BRANCO [1º do nome], primeiras núpcias deste, n. <1660> em Portugal, f. provavelmente com mais de 80 anos em <1732> em São Luís do Maranhão. Existem cartas manuscritas de Francisco da Cunha Castello Branco no arquivo histórico ultra-marino, em Lisboa datadas de 30.05.1716; de 27.06.1726 e de 23.07.1726 (comunicação pessoal de Valdemir Miranda de Castro). Por conseguinte sabemos que Francisco da Cunha Castello Branco estava vivo em São Luís no Maranhão em 23.07.1726. Em Portugal, exerceu o cargo de tesoureiro real. Veio para o Brasil em 1693, com patente de capitão de infantaria do Exército português, para servir na guarnição de Pernambuco. Em 1696 recebeu ordem para se transferir para São Luís. Durante a viagem, sofreu naufrágio próximo à costa de São Luís em que perdeu sua mulher, Maria Eugênia de Mesquita, e todos os seus haveres. Viveu em São Luís pelo resto da vida, com o soldo de capitão de infantaria. Supõe-se que tenha recebido uma sesmaria na então freguesia de Santo Antônio do Surubim de Campo Maior, no Piauí, mas nunca se encontrou nenhum documento ou qualquer tipo de registro histórico de sua presença nesse estado. Sabemos, entretanto, que sua filha Clara da Cunha e Silva Castello Branco [primeira do nome] e o marido, Manuel Carvalho de Almeida [v. 41.101], receberam sesmaria onde instalaram fazendas. Do mesmo modo, sua neta Maria Eugênia de Mesquita Castello Branco e o marido, Antônio Carvalho de Almeida [1º do nome] [v. 40.612], receberam sesmaria e ali instalaram fazendas. Também nunca se encontrou documentação sólida sobre a relação de parentesco entre Francisco da Cunha Castello Branco [1º do nome] e o 1º conde de Pombeiro, Pedro de Castello Branco da Cunha. Sabemos que Pedro de Castello Branco da Cunha (n. <1618>, f. 1675 em Lisboa) recebeu de d. Afonso VI, rei de Portugal, o título de visconde de Castello Branco em 25-09-1648 e, posteriormente, em 06-04-1662, o de conde de Pombeiro. Pedro de Castello Branco da Cunha, conde de Pombeiro, casou-se em primeiras núpcias com Cecília de Menezes (n. <1620>), não tendo gerado filhos. Em segundas núpcias, casou-se com Luíza Ponce de Leon (n. 27-04-1623, f. 1707 em Lisboa), dama da rainha de Portugal, dona Maria Francisca Luíza Isabel de Saboya (n. 21-06-1646 em Paris, f. 27-12-1683 em Lisboa), esposa de d. Afonso VI, tendo sido pais de um único filho, Antônio de Castello Branco e Cunha, 2o conde de Pombeiro (n. <1645>). O 1º conde de Pombeiro, Pedro de Castello Branco da Cunha, era filho de Antônio Castello Branco da Cunha (n. <1580>, 11º senhor de Pombeiro) e de Maria da Silva (n. <1600>, 9a senhora de Belas). No site Geneall ou Genea Portugal, aparece Maria Eugênia de Mesquita casada com Francisco de Castello Branco - e não Francisco da Cunha Castello Branco -, o que pode e deve ser aceito por todos. Ali consta que Francisco de Castello Branco era irmão de Pedro de Castello Branco da Cunha e que este nasceu em 1620. Sabemos que Francisco da Cunha Castello Branco - que na realidade seria Francisco de Castello Branco - casou-se com Maria Eugênia de Mesquita em Lisboa, no ano de 1681, aparentemente em idade avançada, isto é, cinquentão, se admitirmos que foi o último dos irmãos e que nasceu em princípios da década de 1630. Essa é a única hipótese plausível para a irmandade entre eles - (VER MAIS INFORMAÇÕES no artigo de Reginaldo Miranda - Dom Francisco Castelo Branco). 
[Barata, Cunha Bueno, 2000, t. 1, v. 1, p. 680, v. 2, p. 1794; Borges, 1878, p. 61, 63; Carvalho, 2007, p. 79-81; Castello Branco, 1980, p. 217-8; Ferraz et al., 1926, p. 13, 18, 191-3, e 231-48; GeneAll.net; Melo, 1983; Pereira da Costa, 1909, p. 12, 93-4; Pires Ferreira, 1990, v. 4, p. 166].
Foram pais de:

Anexos


Assento de Casamento de Francisco da Cunha Castello Branco e de Maria Eugênia de Mesquita

(transcrição de Rodnei Brunete da Cruz, e contribuição de Tereza Amanda Correia Lima Castelo Branco, em março de 2023).