23785 / V.4 CLOVIS CUNHA DA GAMA MALCHER FILHO, n. 13.11.1959 em Belém. Advogado. Casou-se em 31.12.1982 em Belém com JACQUELINE DE CARVALHO VIEIRA, n. 27.02.1962 em Belém. Advogada. s/g em 1983.
MEMÓRIA DE FAMÍLIA
OS CÍRIOS DA BORGELÂNDIA
Nós tivemos o privilégio de nascer e crescer nos Círios da travessa Benjamin com a rua Henrique Gurjão. E temos a obrigação registrar e contar isso aos nossos filhos(as), netos(as), bisnetos(as), etc.
A BORGELÂNDIA era como todos em Belém chamavam o local onde se instalou a família Borges Leal e afins. Quando eu nasci o meu avô Antônio já tinha falecido, mas a minha avó Marieta ainda era viva e comandava o espetáculo. A casa da esquina era a casa dos meus pais Clóvis (Malcher) e Lourdes(Borges Leal)… Pela Benjamin Constante, seguiam-se para a esquerda (na direção da Baía) as casas do tio Rui(Borges Leal) e tia Leonor (que depois se mudaram para Brasília) e do tio Paulo (Borges Leal) e a tia Alzira e, para a direita, mais em cima, a do tio Tom (Borges Leal) e a tia Rosilda. Na Henrique Gurjão, pela direita (na direção da Praça da República) vinham as casas da vovó Marieta, do tio Juracy (Britto) com a tia Naná (Borges Leal) e a do tio José (Borges Leal) com a tia Glaucia. Eram mãe, filhas e filhos, genros e noras da Marieta morando juntinhos… No meio das casas, no quintal do tio Paulo emendando com o do tio Juracy, tinha um campinho de futebol, nosso sonho, nossa vida, nossa infância e nossa juventude… Infelizmente, todos e todas desta primeira geração e alguns da seguinte já se foram para o plano de cima. Mas nós ainda estamos aqui… É tanta gente que não tenho como nominar, sob pena desta mensagem ficar maior ainda… E por incrível que pareça a lembrança dos Círios da família ainda é muito presente em todos nós. Num deles, na casa do tio Juracy e da tia Naná, reuniram-se pela última vez todos os irmãos Borges Leal e afins até então vivos (tio Tom nos deixou muito cedo). Lá estavam Rui e Leonor, Lourdes e Clóvis, José e Glaucia, Paulo e Alzira e Nazaré e Juracy e Rosilda. Foi um dos Círios mais fantásticos que já vivemos. A maniçoba da Lourdes e o pato no tucupi da Naná estavam uma delícia. A família, uma grande alegria como acontecia todas as vezes que estávamos juntos. Ali nos sentíamos no Céu. Cumprindo a tradição, os homens beberam até 16hs e depois seguiram para a casa do tio Tom e da tia Rosilda onde vararam até a madrugada… Foram momentos emocionantes … Lá pelas tantas, era a hora dos “discursos” que, na verdade, eram belas declarações de amor pela família… Quanta saudade… Parabéns a essa família maravilhosa que vocês nos deram, queridos(as) e inesquecíveis Rui e Leonor, Tom e Rosilda, Clóvis e Lourdes, José e Glaucia, Paulo e Alzira e Juracy e Naná… Vocês e os da geração seguinte que já foram precocemente do nosso meio (Sandra, Arnaldo, Luiz Paulo, Paulo Roberto, Armando, Claudio e Moema… me perdoem se esqueci de alguém…) estarão eternamente nossos corações e nos nossos Círios de Nossa Senhora de Nazaré. Que saibamos manter e preservar esta grande tradição de amor da nossa família. Amo cada um(a) de vocês… Feliz Círio! Viva Nossa Senhora de Nazaré!
Faltou apenas o VIVA NOSSA SENHORA DE NAZARÉ do Claudio Brito... gritava sempre que alguém chegava...
Isso eu vivi e guardo com muito carinho no meu coração. ❤
Clovis Cunha da Gama Malcher Filho - Belém, Círio de Nazaré, 2021. |