História de Benedicto Pereira Leite


Verbetes / Volume
22510a / V.4
BENEDICTO PEREIRA LEITE, n. 04.10.1857 na Vila do Rosário, MA, e + 06.03.1909 em Hyères, pequeno arquipélago francês, no Mediterrâneo, em frente à cidade de Toulon. Advogado formado no Recife em 1882. Promotor público do Brejo; Juiz de Coroatá e Itapicurú; com a República, foi eleito à Primeira Constituinte como Deputado Federal; Senador, e Governador do Maranhão (1906-1909). Havia no Maranhão republicano dois partidos: o Federalista, chefiado por Benedicto Leite, e o Republicano, sob a direção de Manuel Bernardino da Costa Rodrigues. Benedicto Leite, era absoluto no mundo da política maranhense, "fazendo" os governadores que quisera. "Foi senhor supremo de nosso Estado. Mandou nas terras atenienses como Napoleão mandou na França. A seu mando, os homens eram simples manequins, que agitava a sua vontade" (Viriato Correa, Diário do Maranhão, 1912). "Foi durante longos anos, o árbitro de nossos destinos" (in "Pacotilha", órgão do partido contrário, noticiando-lhe a morte em editorial de José Barreto). Um dos princípios dignos de registro por que pautou a sua vida, foi a absoluta honestidade no trato da cousa pública. A propósito de uma hipotética transação do Estado com uma empresa da qual participava disse ele: "Jamais poderia envolver-me em um negócio em que estivessem em jogo os interesses do Estado e meus. Poderia fazê-lo com toda legitimidade, com toda lisura, mas a verdade é que me reputo moralmente incompatibilizado para isso, e escrúpulos com que tenho até hoje pautado meu procedimento impondo-me ao respeito dos homens dignos, não me permitiriam nunca entrar em negócios dessa natureza, pois muito mais vale conservar o patrimônio de meu humilde nome, do que arriscá-lo a troco de interesses que na realidade são pequenos e só podem cegar aos que se degradando na profissão do insulto, não têm vista senão para enxergar em seus adversários o espelho de suas próprias pessoas" (in, Lima, 1981:190). Com sua morte, na França, aonde fora em busca de melhoras para sua saúde, sobreveio mais uma crise na política maranhense, com dois governadores em exercício, ao mesmo tempo, e a indefectível intervenção federal no Estado. Filho de Antonio Pereira Leite (importante fazendeiro no Maranhão). Casou-se em 30.11.1889 na Parnaíba com ANGÉLICA GONÇALVES PIRES FERREIRA, n. 15.04.1870 na Parnaíba, e + 12.11.1950 no Rio de Janeiro.
Benedicto Pereira Leite e Angélica Gonçalves Pires Ferreira foram pais de:



Álbum de fotografias (6)
Benedicto Pereira LeiteBenedicto Pereira Leite
Foto de Gaudêncio Cunha, São Luís, 1908.
Benedicto Pereira LeiteBenedicto Pereira Leite (22510a_4, 42124a_5) e sua esposa Angélica Gonçalves Pires Ferreira (2509_4, 22510_4, 42123_5, 42124_5 ), pouco antes de falecer em Hyères, França; foto acervo Eleonore Anna Esch Leite.
Benedicto Pereira LeiteBenedicto Pereira Leite (22510a_4, 42124a_5) e sua esposa Angélica Gonçalves Pires Ferreira (2509_4, 22510_4, 42123_5, 42124_5 ), Últimos dias de vida de Benedito Leite, em Hyeres, França. Quadro a óleo tirado de uma fotografia de 1909, pelo pintor maranhense Porciúncula Moraes, para ser oferecido à Biblioteca Benedito Leite em São Luiz do Maranhão, pela Família de Benedito Leite, Rio - 1958; foto acervo Eleonore Anna Esch Leite.
Benedicto Pereira LeiteBenedicto Pereira Leite
Praça Benedicto LeitePraça Benedicto Leite, em São Luís. Nela vemos uma escultura dele, executada em Paris, por François Emile Decarchemont. Ao pé da estátua encontra-se gravada em uma placa de bronze uma frase de sua autoria, quando Governador do Maranhão (diante de uma grande crise econômica que assolava o Estado), "prefiro cortar a mão, a assinar a supressão da Escola Normal ou Modelo".
Biblioteca Estadual Benedicto LeiteBiblioteca Estadual Benedicto Leite, em São Luís, MA.