História de Gilberto de Mello Freyre [Gilberto Freyre]


Verbetes / Volume
30254 / V.6
Gilberto de Mello Freyre [Gilberto Freyre].
30264 / V.6
GILBERTO DE MELLO FREYRE [GILBERTO FREYRE], n. 15-03-1900 no Recife, numa casa que ficava na antiga Estrada dos Aflitos, hoje Avenida Rosa e Silva, f. 18-07-1987 tb. no Recife, s. às 18 horas no cemitério de Santo Amaro. Em 18 de abril, três meses antes de sua morte, havia feito a reconciliação (renovação da confissão) e recebido os sacramentos da eucaristia e da unção dos enfermos, administrados por dom Basílio Penido, abade do Mosteiro de São Bento de Olinda. Residia na Vivenda de Santo Antônio de Apipucos. Frequentou o jardim-de-infância do Colégio Americano Gilreath em 1908, no Recife. Teve as primeiras experiências rurais de menino de engenho ao passar uma temporada no engenho São Severino dos Ramos, pertencente a seus parentes João e José de Souza e Mello, comerciantes no Recife, com loja de chapeus e bengalas. Estudou na Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Em 1922 defende a tese Vida social no Brasil nos meados do século XIX, obtendo o grau de Masters of Arts. Reconhecido como um dos grandes intelectuais do país, deixou uma obra importantíssima como sociólogo, antropólogo e escritor: Casa-grande e senzala, 1933 -- Sobrados e mucambos, 1936 -- Nordeste: Aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil, 1937 -- Assúcar: Algumas receitas de doces e bolos dos engenhos do Nordeste, 1939 -- O mundo que o português criou, 1940 -- A história de um engenheiro francês no Brasil, 1941 -- Religião e tradição, 1941 -- Problemas brasileiros de antropologia, 1943 -- Sociologia: Introdução ao estudo dos seus princípios, 1945 -- Interpretação do Brasil, 1947 -- Ingleses no Brasil, 1948 -- Quase política, 1950 -- Assombrações do Recife Velho, 1955 -- Ordem e progresso, 1959 -- O luso e o trópico, 1961 -- Homem, cultura e trópico, 1962 -- O escravo nos anúncios de jornais brasileiros no século XIX, 1963 -- Vida social no Brasil nos meados do século XIX, 1964 -- O Recife, sim! Recife, não, 1967 -- Como e por que sou e não sou sociólogo, 1968 -- Contribuição para uma sociologia da biografia, 1968 -- Oliveira Lima, Dom Quixote Gordo, 1968 -- O brasileiro entre os outros hispanos, 1975 -- Alhos e bugalhos, 1978 -- Tempo de aprendiz, 1979 -- Insurgências e ressurgências atuais, 1983 -- De menino a homem, 2010.
Gilberto de Mello Freyre casou-se em 25-11-1941 na igreja abacial de Nossa Senhora de Montserrat, no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, sendo o celebrante dom Clemente Maria da Silva-Nigra OSB, com MARIA MAGDALENA GUEDES PEREIRA , n. 18-07-1921 em João Pessoa, f. 29-11-1997 em Apipucos, no Recife. Filha de Valfredo Guedes Pereira Sobrinho (n. 22.03.1897 no Engenho Cana Fístula, PB, e f. 1975) e de Alzira Espinola (n. 02.11.1901, e f. 1986) ambos nascidos na Paraíba. Neta de Pedro Guedes Pereira (n. 29.06.1872 no Engenho Gamelas, no município de Bananeiras, PB, e f. 1946. Dono do Engenho Cana Fístula) e de Maria Augusta Cabral [Tia Duzinha] (n. 18.10.1876, e f. 1960). Maria Magdalena fez o primário no Colégio da Sagrada Família, em João Pessoa, e o secundário no Liceu Paraibano. Presidente da Fundação Gilberto Freyre. Em 1940, Gilberto Freyre comprou a casa-grande do engenho Dois Irmãos, numa das colinas de Apipucos. Mandou restaurá-la e nela passou a residir em 1941. Em 1987, a casa, com seu entorno e recheio, tornou-se a sede da Fundação Gilberto Freyre.
Gilberto de Mello Freyre e Maria Magdalena Guedes Pereira foram pais de: