11975 / V.2 MATILDE DE ALMENDRA FREITAS; (TIDINHA), n. 12.12.1889 no Livramento, hoje José de Freitas, e + no Rio de Janeiro. Casou-se no Livramento com HUGO NAPOLEÃO DO RÊGO, n. 25.06.1892 em União, e + 01.09.1969 no Rio de Janeiro. Fez os cursos primário e secundário nos Colégios São Vicente, São José e Ateneu Piauiense, em Teresina. Estudou Direito no Recife, concluiu entretanto em Belém, PA, em 1911; Juiz na cidade do Livramento (1913). Em 1922 elegeu-se deputado à Assembleia Legislativa do Piauí e em 1925 foi reeleito para a legislatura que iria até 1927. Em outubro desse último ano elegeu-se deputado federal pelo Piauí e ainda em 1927, tendo fixado residência na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, aí instalou banca de advocacia e foi escolhido para secretário da Junta Internacional dos Jurisconsultos Americanos, com sede na capital do país. Exerceu o mandato até outubro de 1929, e, com o apoio da Aliança Liberal, à qual havia aderido, reelegeu-se deputado federal em março de 1930, destacando-se no Parlamento pelo atuação em defesa da autonomia da Paraíba. Nesse sentido, protestou contra o envio de tropas militares ao estado por ocasião da Revolta de Princesa, fato que os aliancistas consideravam intervenção do governo central naquela unidade da Federação. Articulou, junto aos gaúchos, a participação do Piauí na Revolução de 1930, tendo participado ativamente, ao lado do senador José Pires Reblo (ver Volume, pagina 23) e de Félix Pacheco, Humberto de Areia Leão, Matias Olímpio de Melo e outros, da eclosão do movimento nesse estado. No dia 2 de outubro de 1930, dirigiu a Matias Olímpio, ex-presidente do Piauí (1924-1928) e também opositor de seu substituto no cargo, telegrama cifrado instruindo a tomada de providências necessárias ao desencadeamento da revolução. O despacho foi interceptado na estação de Teresina e levado ao major Pantoja, comandante do 25º Batalhão de Caçadores, e ao governador João de Deus Pires Leal (ver Volume 4, paginas 107-108). Estes, depois de procurar em vão decifrar a mensagem, enviaram-na ao destinatário. Em 28 de outubro de 1930, quatro dias depois da queda do presidente da República Washington Luís, ficou definitivamente assentada a entrega do poder ao chefe da revolução, Getúlio Vargas. Nessa oportunidade, Hugo Napoleão, que se encontrava no Rio de Janeiro, discursou para a multidão da sacada do palácio do Catete, em nome dos revolucionários do Norte. Em 1931 foi escolhido segundo-secretário da primeira diretoria do Clube 3 de Outubro, organização que congregou as correntes tenentistas em defesa dos ideais de 1930. Em 1933 elegeu-se deputado à Assembleia Nacional Constituinte na legenda da Lista Hugo Napoleão, formada no Piauí para lançar os candidatos a essa assembléia. Mais tarde, visando congregar as forças políticas que haviam apoiado a revolução, seus adeptos uniram-se aos membros do Partido Nacional Socialista do Piauí, do qual Hugo Napoleão foi escolhido presidente de honra, juntamente com Ladri Sales, interventor do estado. Em 1934 reelegeu-se deputado federal por seu estado na legenda do Partido Progressista Piauiense. Em maio de 1937 foi delegado do partido à convenção para o lançamento da candidatura de José Américo de Almeida à presidência da República, tendo exercido o mandato até novembro desse ano, quando o Legislativo foi fechado pelo golpe do Estado Novo. De 1955 a 1959, foi novamente deputado federal pelo Piauí, eleito dessa vez na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Na Câmara, ocupou o cargo de vice-líder da maioria (Berloch, 1984:2363). Exerceu a advocacia em Belém, PA, onde foi procurador-fiscal do Tesouro Nacional, e Membro do Instituto Geográfico do Pará; Chefe do Contencioso do Banco do Brasil. Como jornalista, colaborou na Folha do Norte e no O Jornal, de Belém, e foi diretor do "Estado do Piauí". Filho de Arthur Napoleão do Rego e de Olympia Martins Viana (Sinhazinha); neto de Benedicto José do Rego e de Cesalpina Dias da Silva; bisneto de Benedicto José do Rego (este, irmão do Barão de Gurgueia, João do Rego Monteiro) e de Anna Miquelina de Abreu; trineto de Thomé do Rego Monteiro e de Silveria Joaquina de Oliveira (Branco Filho, 1983:10,58-59; Rego, 1977:17). Matilde de Almendra Freitas (Tidinha) e Hugo Napoleão do Rêgo foram pais de: |