História de Manoel Thomaz Ferreira (2º do nome)


Verbetes / Volume
44214 / V.5
MANOEL THOMAZ FERREIRA [2º do nome], n. 27.03.1826 na fazenda Peixão, f. 07.11.1907 no município de Livramento PI (atual José de Freitas). Teve apenas instrução primária, mas escrevia com correção e era dotado de invulgar senso prático e capacidade diretora. Passou a juventude na administração de fazendas de parentes - Boa Vista, São Pedro e Veremos -, ora numa, ora noutra, nos municípios de Barras e Livramento. Nelas nasceram os onze filhos de seu primeiro casamento e cinco do segundo. Em 1880, já aos 54 anos de idade, aceitou o convite de um parente, rico fazendeiro - o coronel Pacífico da Silva Castello Branco [v. 42.367] -, para administrar a fazenda Desígnio, na margem do rio Parnaíba, 4 léguas abaixo do município do Estanhado, atual União. A fazenda Desígnio foi fundada pelo coronel Pacífico para nela residir com sua família. Era inteiramente cercada. A sede foi construída no alto de uma colina, numa curva do rio de onde se descortinavam amplos horizontes para a montante e a jusante do "velho monge" (o Parnaíba). Tinha dois pavimentos: no primeiro andar, as acomodações para a família; no térreo, petrechos para a farinhada, a moagem da cana e o beneficiamento do algodão. Os rebanhos bovinos eram de gado selecionado. Vindo a falecer sua esposa, o coronel Pacífico se retirou da Desígnio e a confiou ao primo Manuel Thomaz Ferreira (ambos eram netos de Marcellino José da Cunha Castello Branco [v. 42.022]). Na fazenda Desígnio viveu Manoel Thomaz Ferreira durante vinte anos e ali nasceram outros cinco filhos de seu segundo casamento. Coureiro habilidoso, nas horas vagas fabricava arreios e baús de couro para presentear os filhos e parentes. Era também pequeno exportador de cereais e algodão, e os vapores que navegavam pelo Parnaíba aportavam ali. A Desígnio está tombada entre as grandes propriedades rurais do Piauí do século XIX, a exemplo das fazendas Boa Esperança, Ininga, Contente, Maracujá, Abelheiras, Pé do Morro, Contendas, Ingá e Olho d´Água dos Pires. Já em idade avançada - 74 anos em 1900 -, entregou a fazenda aos filhos do coronel Pacífico e mudou-se para Estanhado. O criatório o seduzia, e cuidou até o fim da vida de sua fazenda Tapuio, recebida em dote, juntamente com três escravos, pelo casamento com a primeira esposa. A fazenda Tapuio estava situada entre os municípios de Livramento, atual José de Freitas, e Estanhado, atual União. Quase todos os meses viajava a cavalo do Estanhado para o Livramento, em correição da fazenda, acompanhado apenas do pajem, e visitava a filha Maria Amélia Ferreira Castello Branco [v. 44.664], casada com o primo Raymundo Fortes Castello Branco. Na última viagem de volta, a morte o surpreendeu. O corpo foi levado para o Livramento, onde está sepultado no cemitério velho. Na lápide foi gravado: "Aqui repousam os restos mortais de Manoel Thomaz Ferreira, pai de uma legião de filhos; dedicou sua vida de trabalho e canseiras à família" [Castello Branco Filho, 1979, p. 7-8]. Manoel Thomaz Ferreira [2º do nome] casou-se em primeiras núpcias, em 11-01-1850, com sua prima FELICIANA ROSA LEAL CASTELLO BRANCO [44.214a], n. 18-05-1833 na fazenda Veremos, em Barras, f. 1871 tb. na fazenda Veremos [v. 43.032]. Como dote de casamento, receberam dos pais da noiva três escravos (Inácio, Simão e Afra) e a fazenda Tapuio. Filha de Miguel de Sousa Borges Leal Castello Branco e de Maria de Jesus Castello Branco, primos entre si [v. 43.025] [Castello Branco Filho, 1979, p. 8-9, 13-5; Castello Branco, 1980, p. 239-44; Castelo Branco Neto, 1989, p. 16; Ferraz et al., 1926, p. 77, 137, 146-7].
Foram pais de:
44214_2n / V.5
... MANOEL THOMAZ FERREIRA [2º do nome] casou-se em segundas núpcias em 26-07-1873, em Campo Maior, com sua prima (e sobrinha de sua primeira esposa) MARIA DE JESUS LEAL CASTELLO BRANCO [44.214b], n. 15-05-1847 em Campo Maior, f. 01-11-1910 em União [v. 41.145]. Filha de Lívio Lopes Castello Branco e Silva e de Bárbara Maria de Jesus Castello Branco, primos entre si.
Foram pais de:
Pequeno quadro genealógico

Neto materno de Maria Florência Castello Branco e de Marcellino José da Cunha Castello Branco [1]
Neto paterno de Victoriana do Rêgo Castello Branco e de Manoel Thomaz Ferreira [1º do nome]
Filho de Rosa Florinda Castello Branco () e de Joaquim José do Rego (1792)
Irmão de Marcellino José da Cunha Castello Branco [2], Victorina Rosa do Rego, Francisco Marcellino Castello Branco [1°], Archangela Rosa do Rego Castello Branco, Domingos José do Rego, Maria do Patrocínio do Rego Castello Branco, Anna Rosa Castello Branco [3ª], José Antônio do Rego, Joaquim José do Rego Filho, Silvestre José do Rego,
Pai ou mãe de : Anna Maria Magdalena Ferreira Castello Branco, Antônia Rosa Leal Castello Branco, Antônio Borges Ferreira Castello Branco, Bárbara Ferreira Castello Branco, Feliciana Ferreira Castello Branco, Fenelon Ferreira Castello Branco [1º], Fenelon Ferreira Castello Branco [2º do nome], Francisco Ferreira Castello Branco, Homero Ferreira Castello Branco, Innocencia Ferreira Castello Branco, Joaquim Ferreira Castello Branco, José Ferreira Castello Branco [1º], Lívio Ferreira Castello Branco, Marcelino Ferreira Castello Branco, Maria Amélia Ferreira Castello Branco, Maria Augusta Ferreira Castello Branco, Moysés Ferreira Castello Branco, Moysés Ferreira Castello Branco, Rosa Ferreira Castello Branco, Sigismundo Ferreira Castello Branco, Victorina Ferreira Castello Branco,





Copyrigth © 2015 Edgardo Pires Ferreira