História de Domingos Pires Ferreira [1º]


Verbetes / Volume
30001 / V.6
DOMINGOS PIRES FERREIRA [1º do nome], n. 05.04.1720 em Bustelo, Portugal,

"Aos cinco dias do mês de abril de mil setecentos e vinte anos, nasceu Domingos filho legítimo de Domingos Pires e de sua mulher Maria Gonçalves moradores e naturais deste lugar de Bustelo, freguesia de Santa Maria Magdalena. Foi batizado solenemente nesta mesma igreja aos oito dias do dito mês e era por mim o padre Domingos Pinheiro, vigário desta igreja; foram padrinhos Domingos Lopes mestre Pedreiro e sua mulher Maria Rodrigues moradores e naturais da vila de Chaves e estiveram presentes como testemunhas. Domingos Fernandes assistente na dita vila de Chaves e Francisco Gomes deste lugar de Bustelo. E por verdade fiz este termo que assinei dia mês e ano como acima. Vigário o Padre Domingos Pinheiro."
Extraído do site tombo.pt de Registros paroquiais de Portugal.
Contribuição de Luiz Felipe Mandetta Clementino em julho de 2019.

e f. antes de 1792 no Recife. Já estava falecido, quando do casamento de seu filho Gervásio, em 08-12-1792 na igreja de São Cristóvão, em Lisboa [Livro 7, fl. 139]. Irmão de Isabel Pires, casada com Simão Affonso. Tio materno de Domingos Affonso Ferreira [v. 30024]. Domingos Pires Ferreira e Isabel Pires eram filhos de Domingos Pires [do Penedo] (b. 06-04-1681 em Bustelo) e de Maria Gonçalves [Ferreira] (n. na freguesia de São Tomé da Parada do Outeiro, comarca de Chaves), que se casaram em 06-10-1700 na freguesia de Parada do Outeiro, dadas as denunciações na forma do Sagrado Concílio de Trento e não havendo impedimento [assento no cartório da freguesia, fl. 53v.]. Netos paternos de Antônio Pires e de Isabel Ferreira, de Bustelo. Netos maternos de Pedro Gonçalves e de Maria Álvares, moradores de Parada do Outeiro, casados em 04-05-1670, depois de dadas as denunciações na forma do Sagrado Concílio de Trento. Bisnetos materno-paternos de Braz Gonçalves e de Maria Esteves, ambos do lugar e freguesia de São Tomé da Parada. Domingos Pires Ferreira foi o primeiro desse nome a chegar a Pernambuco. Desembarcou no Recife ainda garoto, tendo vindo para morar e trabalhar com um tio materno, o negociante Manuel Alves Ferreira, casado em 06-01-1722 na freguesia de São Frei Pedro Gonçalves, no Recife, com Feliciana de Freitas Barcellar, filha do alferes João Pires de Carvalho e de Luísa de Barcellar [Z. Fonseca, p. 135-6, 140; A. J. Melo, v.1, p. 19-21; Pires Ferreira, v.1, p. 1]. Por uma folha restante de um livro de entradas de mercadorias a ele consignadas de Lisboa, sabe-se que em 1745, aos 27 anos de idade, Domingos já era comerciante acreditado no Recife. Tornou-se negociante dos mais ricos da praça, sendo indicado pelo Corpo do Comércio inspetor dos açúcares e algodões em 1764, 1769, 1774 e 1781, cabendo-lhe também zelar pelo melhoramento daquelas culturas. Almoxarife da Fazenda Real a partir de 22-12-1767, foi um dos homens de maior influência e respeito na praça do Recife, por seu crédito, pelo arrojo como comerciante e pela retidão de caráter. Enviou seis de seus filhos - Antônio, Domingos, Manoel, João de Deus, Joaquim e Gervásio - para estudar na Universidade de Coimbra, entre os anos de 1768 e 1789. Adquiriu fazendas de gado na região norte do Piauí, no município da Parnaíba, estimulado tanto pela forte expansão da pecuária que se seguiu à estagnação da economia canavieira, como pela crescente demanda de gado por parte das Minas Gerais [A. J. Melo, v.1, p. 21; Mott, p. 77-8]. Membro da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Recife. Irmão e juiz da Irmandade do Santíssimo Sacramento da matriz de São Frei Pedro Gonçalves. Familiar do Santo Ofício, título que se obtinha após rigorosa prova de "limpeza de sangue", cristandade e bons costumes [Braga, p. 107]. DOMINGOS PIRES FERREIRA casou-se em 05-02-1748, no Recife, com JOANNA MARIA DE DEUS CORREIA PINTO [30001a], n. no Recife, f. já em 08-12-1792, quando do casamento de seu filho Gervásio. Filha de Antônio Correia Pinto (n. em Azurara, bispado do Porto, em Portugal; negociante no Recife; capitão; familiar do Santo Ofício) e de Leandra da Costa Lima (n. no Recife, f. tb. no Recife). Domingos e Joanna residiam no bairro da Bela Vista, na chamada "rua dos Pires", como ainda é conhecida a atual Rua Gervásio Pires [Vianna, p. 224]. Foram pais de:

Anexos


Certidão de batismo de Domingos Pires Ferreira

Certidão de batismo de Domingos Pires Ferreira em 1720.
(transcrição de Rodnei Brunete da Cruz, em agosto de 2024)




Álbum de fotografias (6)
Registro de nascimento de DomingosNo site, tombo.pt, de registros paroquiais de Portugal, Luiz Felipe Mandetta Clementino, septoneto de Domingos Pires Ferreira encontrou em julho de 2019 o registro de nascimento de Domingos, nascido em Bustelo, Freguesia de Santa Maria Magdalena, da Vila de Chaves, datado de cinco de abril de mil setecentos e vinte.
BusteloMaria Ângela Queiroga Peres quando de sua visita a Bustelo (Portugal), em 1998, cidade de seu penta avô Domingos Pires Ferreira.
Cortesia de Maria Ângela Queiroga Peres.
Rua dos Pires, no RecifeFoto da rua dos Pires, no Recife, em 1930.
Homenagem a Domingos Pires Ferreira e onde mais tarde o seu filho, Gervásio Pires Ferreira, fora residir.