42596c / V.5 FRANCISCA ELVAS, n. em Teresina, PI, f. 1894 muito provavelmente em Teresina. Segunda Baronesa de Campo Maior. Filha de José Rodrigues Elvas e de Theodora [Elvas}. Aqui estamos diante de uma caso evidente de sororato, com Barão de Campo Maior,
Augusto da Cunha Castello Branco, desposando três irmãs legítimas. Elas estavam certamente falecendo em decorrência de complicações do parto,
muitas vezes provocado por hipertensão arterial ou infecção - eclâmpsia ou febre puerperal - o que era muito comum naquela época.
Casou-se em 1877 em Teresina com seu cunhado AUGUSTO DA CUNHA CASTELLO BRANCO, terceiras núpcias deste, n. 25.03.1839 no Sitio-fazenda Alagoa da Mata, implantada provavelmente na Chapada do Corisco (onde a Cidade de Teresina foi fundada em 16 de agosto de 1852, perto da Vila Velha do Poty), f. 28.11.1898 em São Luís, Maranhão, numa enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, de impaludismo e beribéri contraídos em Manaus. Fez o primário em casa, com professores contratados pelos pais, como era costume na época. Em São Luís, fez estudos preparatórios para o curso superior. Foi para o Recife para ingressar na Faculdade de Direito. Sendo o filho mais velho, em 1858 foi chamado às pressas para assumir a direção dos negócios da família, em virtude do falecimento de seu pai. Empreendedor e inteligente, em pouco tempo tornava-se possuidor de uma respeitável fortuna. Agricultor e empresário. A política o atraiu muito cedo, filiando-se ele ao Partido Conservador, pelo qual foi deputado provincial por duas vezes [1862-63; 1872-73] e vice-presidente da província do Piauí [1877-78]. As despesas com a política e a pavorosa seca de 1877-78 começaram a abalar sua fortuna. Já fora, então, agraciado com o título de barão de Campo Maior [em 16-01-1875] e recebera a patente de tenente-coronel da Guarda Nacional. Depois da seca de 1877 e da cisão do Partido Conservador, a fortuna do barão de Campo Maior acabou por ruir completamente. Abandonou a política e lançou-se à tarefa de recuperar seu patrimônio. Retirou-se para sua fazenda Boqueirão, no município de Livramento (atual José de Freitas), onde pretendia se reerguer, deixando a fazenda Lagoa da Mata com seu filho Rodrigo. Entretanto, pouco depois veio a libertação dos escravos. Esses infortúnios o levaram a tentar nova vida no Amazonas, província da qual seu parente Fileto Pires Ferreira era governador [1896-98]. Em pouco tempo, com a ajuda de Fileto, instalou em Manaus uma pequena fábrica de cerâmica. Em seguida, porém, contraiu impaludismo e beribéri, vindo a falecer em São Luís, no Maranhão, quando tentava retornar ao Piauí. Pelo que consta, contraiu quatro núpcias, sendo três delas com três irmãs da família Elvas. Segundo uma tradição oral familiar, relatada por um neto, Antônio João, o barão de Campo Maior teve mais de vinte filhos (23, aparentemente ), mas só dispomos de alguma informação sobre cinco deles. Sabemos, no entanto, que ao falecer tinha talvez dez filhas inuptas [Chaves, 2005, p. 531-5].
[Barata, Cunha Bueno, 2000. t. 1, v. 1, pgs. 684-5; Ferraz, et. al., 1926, pgs. 174-78; Freitas, 2010, pgs. 69-74; Moya, 1939, V. 1, pg. 134; Rheingantz, 1960, pg. 49].
Francisca Elvas e
Augusto da Cunha Castello Branco foram pais de um único filho conhecido.
Pais de:
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