História de Manuel Joaquim Carneiro da Cunha


Verbetes / Volume
33209 / V.6

MANUEL JOAQUIM CARNEIRO DA CUNHA - BARÃO DE VERA CRUZ 
N. 11-01-1811 em Pernambuco, b. 24-02-1811 em Pernambuco, f. 03-08-1868 tb. no Recife, PE. Recebeu o título de barão de Vera Cruz em 14-03-1860. Advogado formado em Olinda em 1834. Senhor do engenho Monjope, na freguesia de Igarassu, por herança da esposa. "Possuía uma quantidade considerável de escravos" e mantinha uma banda de música em seu engenho. Entrou para a diplomacia. Foi adido de primeira classe em Viena. Nomeado secretário da legação do Brasil na Rússia, recusou o cargo. Deputado à Assembleia Geral por Pernambuco em 1843-44. Deputado à Assembleia provincial de Pernambuco em 1849-63. Vice-presidente da província de Pernambuco em 1857-63. Membro do Partido Conservador. Foi um dos sócios fundadores do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano [1862], no Recife. Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo. Filho de Joaquim Manuel Carneiro da Cunha (n. 1784 em Pernambuco, f. 1852; residente na Paraíba, onde era rico proprietário; participou ativamente da Revolução Pernambucana de 1817; esteve nos cárceres de Salvador, na Bahia, até 1821; foi deputado à Constituinte pela Paraíba em 1823; assinou o manifesto que deflagrou a Confederação do Equador, em 1824; deputado provincial pela Paraíba em 1838-39; deputado geral pela Paraíba em 1830-33, 1839-41, 1843-44 e 1850-52) e de Antônia Maria de Albuquerque Lins (f. 28-10-1850), casados em 20-12-1808. Sobrinho paterno de Manuel Carneiro Leão (ver #33194) (este citado por alguns autores como Manuel Carneiro Leão Campello) este cadaso com Maria do Carmo Diniz Bandeira. Manuel Carneiro Leão e Joaquim Manuel Carneiro da Cunha, apesar de terem sobrenomes distintos, eram filhos de Virgínio Rodrigues Campello [filho] e de Rita Josepha de Jesus. (comunicação pessoal de Reinaldo Josê Carneiro Leão, em junho de 2018). Neto materno de Manuel da Vera Cruz de Albuquerque Lins e Mello e de Luzia Francisca Caetana de Albuquerque. Neto paterno de Virgínio Rodrigues Campello [filho] (n. 1746 no Recife, f. 1813; senhor do engenho Canha, no município de Santo Antão, comarca de Vitória) e de Rita Josepha de Jesus (n. 1756, f. 1839), primos entre si, casados em 1773 no Recife. Sobrinho neto de Manoel Thomaz Rodrigues Campello [Manoel Thomaz Campello] (ver #33188), este casado com Francisca Margarida Diniz Bandeira. Bisneto paterno de Francisca Thereza de Jesus Barros (n. c. 1714; não tinha no nome o sobrenome Carneiro Leão, apesar de ser filha de Manoel Carneiro Leão) e de Virgínio Rodrigues Campello ["Mato Grosso"] (n. no Recife, f. 1749 tb. no Recife, ao separar uma briga entre soldados; capitão de auxiliares da praça do Recife; negociante; senhor do engenho da Torre, no Recife). Francisca Thereza de Jesus Barros, ao enviuvar, casou-se em segundas núpcias com seu primo Manoel Netto Carneiro Leão, tendo com ele uma filha, Anna Izabel Brígida Carneiro Leão, que viria a se tornar esposa do barão de São Brás [v. RODRIGUES CAMPELLO, 21.544]. Trineto de Manoel Carneiro Leão (b. 28-10-1685 n. no Porto, na freguesia de São Tiago de Carvalhosa [livro 2, M2, fl. 68v.]; emigrou para Pernambuco, tornando-se um dos patriarcas dos Carneiro Leão no Brasil; adquiriu terras do antigo engenho Carnijó, que se encontrava abandonado desde a invasão holandesa; senhor também do engenho Contraçude, em Jaboatão, propriedade que permaneceu na família por gerações; deixou larga descendência) e de Rosa [Rita?] Maria de Barros, também conhecida como Ana Maria de Barros Alvéolo Teles, descendente da família Barros Barreto, de abastados proprietários de engenho em Pernambuco). Tetraneto de Francisco Carneiro [Leão] (b. 20-11-1650 no Porto, segundo consta do Livro 2 de batismo, M2, fl. 11, de São Tiago de Carvalhosa) e de Luíza Barbosa (b. 05-03-1662 na freguesia de São Tiago de Carvalhosa, Livro 2, M2, fl. 17v.). Pentaneto de Pedro Carneiro e de Maria Antônia Leão, originários da fregueria de São Tiago de Carvalhosa, no Porto; tiveram seis filhos, cujos descendentes no Brasil instalaram-se em Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Primo de Brás Carneiro Leão, barão de São Brás [v. 33194]. Primo de Manuel Thomaz Rodrigues Campello, 1º barão do Rio Formoso [v. 31568 e 23.188]. Casou-se em 31-12-1855 com sua sobrinha ANTÔNIA MARIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE [33209a], n. 1832 no engenho Monjope, f. em 1891 em Pernambuco. Filha de João Cavalcanti de Albuquerque (capitão-mor; senhor dos engenhos Monjope e Tamatuape) e de Maria Arcanja Carneiro da Cunha (n. 08-12-1809). Irmã de Manuel Joaquim Carneiro da Cunha, barão de Vera Cruz. Neta paterna de Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, senhor do engenho Monjope. [Barata, Cunha Bueno, t.1, v.1, p. 647-50; Cascão; Cavalcanti, v.1, p. 219-21; v.2, p. 34, 122; 1952, p. 44-5; 1975, p. 50-1, 54-8; Freitas; Lago, 1954; Moya, v.2, p. 81-4; v.3, p. 535; Rheingantz, p. 34, 54; Vasconcellos, p. 532-3; Chermont de Miranda, v.10, p.110.].




Álbum de fotografias (5)
Manuel Joaquim Carneiro da CunhaManuel Joaquim Carneiro da Cunha - Barão de Vera Cruz [33209_6]. Foto disponível online.
Prato raso Vera CruzPrato raso do serviço do Barão da Vera Cruz, Manuel Joaquim Carneiro da Cunha.
Cortesia de Victorino Chermont de Miranda.
Brasão Vera CruzBrasão do prato raso do serviço do Barão da Vera Cruz, Manuel Joaquim Carneiro da Cunha.
Cortesia de Victorino Chermont de Miranda.
Engenho MonjopeEngenho Monjope, em Igarassu, do Barão de
Vera Cruz.
in Tasso Fragoso Pires, pg.49.
Cortesia de Victorino Chermont de Miranda
Capela do Engenho MonjopeCapela do Engenho Monjope.
in Tasso Fragoso Pires, 1994, pg. 50.
Cortesia de Victorino Chermont de Miranda