45083 / Volume 5
JACOB MANUEL D´ALMENDRA, n. ??-05-1796 na freguesia da Trindade, arcebispado de Braga, província de Trás-os-Montes, Portugal, f. 24-08-1859 em Livramento (atual José de Freitas), no Piauí, s. primeiro em Livramento e depois, definitivamente, em Teresina, no cemitério São José. Irmão de Rita Maria d´Almendra e de Maria Francisca d´Almendra (casada com Francisco de Paula Freitas). Filho de Manuel Caetano de Carvalho e de Maria José d´Almendra. Sobrinho materno e afilhado de João Manuel d´Almendra, o padre Almendra [v. Apêndice 2], com quem veio para o Brasil em 1804, aos 8 anos de idade, e que o levou para sua casa em Campo Maior. Até contrair matrimônio, Jacob Manuel d´Almendra viveria sempre em companhia do tio e padrinho, que foi seu educador e orientador, sendo responsável também por introduzi-lo nos negócios e na agricultura. Jacob Manuel d´Almendra casou-se em maio de 1820, na vila de Campo Maior, com LINA CLARA CASTELLO BRANCO [45.083a], n. 1799 na vila de Campo Maior, f. 25-09-1868 em Livramento, s. primeiro em Livramento e depois, definitivamente, em Teresina, no cemitério São José, ao lado do marido [v. 42.586]. Tia de Augusto da Cunha Castello Branco, barão de Campo Maior [v. 42.588]. Filha de Luiz Mariz Castello Branco e de Anna Rosa de Jesus. Jacob Manuel e Lina Clara foram residir no sítio-fazenda São Domingos, a cerca de 12 quilômetros da vila do Livramento, que receberam dos pais da nubente como dote de casamento. Graças a essa união, o sítio-fazenda São Domingos floresceu e, com sua casa-grande, transformou-se em uma das maiores propriedades do século XIX no Nordeste brasileiro. Com o falecimento dos pais de Lina Clara, considerável quinhão viria se somar ao já enorme patrimônio acumulado pelo casal, pois Jacob Manuel, herdeiro universal do padre Almendra, soubera desenvolver e ampliar o grande acervo deixado pelo tio. Jacob Manuel d´Almendra desenvolveu a lavoura em suas propriedades, possuindo também maquinaria quer para descaroçar algodão, quer para beneficiar mandioca, extraindo-lhe a farinha, quer para o fabrico de aguardente, rapadura e açúcar mascavo. Assim, pouco a pouco se tornou um dos maiores fazendeiros - se não o maior - do Piauí de seu tempo. Fez reformas de porte na casa-grande de São Domingos, acrescentando-lhe novas dependências. Do mesmo modo, ergueu um amplo sobrado no sítio-fazenda Havre da Graça. Foi comprando e anexando fazendas ao seu patrimônio. Assim, em 1839 realizou a aquisição de duas grandes e importantes fazendas de Campo Maior - a Abelheiras, com casa-grande de paredes de pedra e currais também de pedra, e a Foge-Homem, com casa-grande avarandada, na margem do córrego Foge-Homem -, as quais haviam sido ambas propriedade da Casa da Torre de Garcia d´Ávila, da província da Bahia. Jacob Manuel d´Almendra construiu várias casas em Campo Maior, além da construção de um açude na entrada da cidade, que passou a ter grande importância para a comunidade da vila de Campo Maior. Da mesma forma, construiu na capital da província do Piauí, Teresina, algumas das edificações mais importantes da cidade, a exemplo do sobradão que abriga atualmente o Museu do Piauí [Almendra, 1953; Barbosa, Silva, 1984, p. 36-45; Calmon, 1983; Castello Branco Filho, 1983, p. 39-41; Castello Branco Filho, 2011, p. 124-5; Castello Branco Filho et al., 2000, p. 18-26; Chaves, 2005, p. 177; Silva, 1991]. Jacob Manuel d´Almendra e Lina Clara Castello Branco foram pais de: |