LINA CARLOTA DE JESUS RODRIGUES DE CARVALHO [43.861a], n. 01-12-1811 no sítio Águas Livres, f. 06-08-1883 no engenho Paraíso, s. no cemitério velho da cidade de São Bernardo MA. Irmã de Clarinda Maria de Jesus Rodrigues de Carvalho, casada com seu cunhado João de Deus Pires Ferreira. Filha de José Rodrigues de Carvalho (capitão de milícias) e de Maria de Jesus [...]. Lina Carlota de Jesus Rodrigues de Carvalho e Clarinda Maria de Jesus Rodrigues de Carvalho seriam filhas do capitão de milícias José Rodrigues de Carvalho, descendentes de Domingos Rodrigues de Carvalho e/ou de Francisco Rodrigues de Carvalho. Esses capitães de ordenança da Casa da Torre de Garcia d´Ávila participaram das incursões aos sertões do Piauí a partir de 1676, tendo o sertanista Domingos Afonso Mafrense [Domingos Afonso Sertão] à frente de um troço de combatentes que ia dizimando tribos indígenas (acroás, jaicós, pimenteiras, gueguês, timbiras, tremembés e tabajaras) e ocupando suas terras com o intuito de implantar currais para seus rebanhos [Calmon, 1993, p. 89-97; Castello Branco Filho, 1983, p. 9, 13-24; Carvalho, 2007, p. 39; Machado, 2002; Pereira Costa, 1909, p. 7-8].
Casou-se em 15-11-1825 no sítio-fazenda Águas Claras, no atual município de Batalha PI, com ANTÔNIO PIRES FERREIRA [1º do nome], n. 21-01-1799 no sítio-fazenda Santo Agostinho, no município de São Bernardo MA (hoje em Magalhães de Almeida), f. 23-11-1877 no engenho Paraíso, em São Bernardo. Fazendeiro. Comendador da Ordem da Rosa. Tenente-coronel da Guarda Nacional. Herdou dos pais as fazendas Santo Agostinho, Bacuri, Sambaíba, Santa Maria, Santo Inácio e Melancias, localizadas ao redor da lagoa do Bacuri. Essas terras abrangiam grande parte dos atuais municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida. Posteriormente incorporou as fazendas limítrofes: São Felipe e Capim. Perto do atual povoado de São Raimundo, construiu o engenho Paraíso, com sua casa-grande coberta de telha (em 1816 havia apenas três casas de telha na vila de São Bernardo). Antônio Pires Ferreira [1º do nome] construiu para seus escravos a senzala e capela de São Benedito, atualmente parte do povoado de São Raimundo, que tem até hoje grande população negra. A moenda do engenho, montada em 1845, foi importada da Inglaterra (made in Liverpool) e veio de navio até São Luís, de onde seguiu até o engenho Paraíso. Certamente foi o mais importante engenho de açúcar do nordeste do Maranhão. Antônio Pires Ferreira mandou construir alambiques para a fabricação de aguardente e bolandeiras (que eram movidas por escravos ou animais) para fabricação de farinha de mandioca e descaroçamento de algodão. Em suas fazendas, havia grandes plantações de cana-de-açúcar, arroz, algodão etc. e grandes rebanhos de gado, além de forte extração de babaçu e carnaúba. O engenho Paraíso tornou-se a casa-mãe dos Pires Ferreira do nordeste do Maranhão.
Antônio Pires Ferreira [1º do nome] e Lina Carlota de Jesus Rodrigues de Carvalho foram pais de: