JOÃO DO REGO CASTELLO BRANCO [1º do nome], n. 07.04.1719 na freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, onde hoje está assentada a cidade de Parnaíba, f. 07.08.1800 na cidade de Oeiras, após longa enfermidade e cegueira, sendo sepultado na Capela de Nossa Senhora do Rosário (
VER MAIS EM artigo de Reginaldo Miranda - João do Rego Castelo Branco, Capitão da conquista do Gentio). Em 22-05-1751 era cabo, participando na época de incursões para matança ou captura de índios acroás, timbiras e gueguês. Em 11.10.1758 já era capitão. Em 10.03.1760, com o sequestro dos bens dos jesuítas no Piauí, foi contemplado com a fazenda São Romão. Em 01.04.1764, parte de Oeiras no comando de uma expedição militar contra os índios gueguês, assentados nas margens do rio Gurguéia; estes, ao serem atacados, fugiram pelas margens dos rios Urussuí e Parnaíba, terminando a perseguição cerca de oito meses depois, em dezembro daquele ano. Em 13.11.1769, os índios acroás e gueguês foram reduzidos à obediência e confinados na aldeia que o governo da província denominou "aldeia dos índios de São Gonçalo de Amarante". Em 20.08.1772, os índios acroás fogem da aldeia de São Gonçalo de Amarante e se refugiam na missão de São José do Duro. Félix do Rego Castello Branco [v. 40.482], o segundo filho de João do Rego, marcha contra os índios rebelados e os reduz à obediência, depois de cometer contra eles toda sorte de perversidades, chegando mesmo a mandar fincar em postes, no centro da aldeia, as cabeças dos índios autores do levante. O episódio o tornaria o símbolo do genocídio indígena, sobretudo das tribos existentes no sul do Piauí. Em abril de 1772, João do Rego Castello Branco parte da cidade de Oeiras, à frente de uma missão militar contra os índios de Jeromenha, que se haviam levantado. Em 02.01.1775, é o oficial militar de patente mais elevada da província do Piauí, a de tenente-coronel de milícias. Em 19.04.1776 é promovido ao posto de tenente-coronel comandante do Regimento de Cavalaria Auxiliar da guarnição da província, sendo empossado no cargo em 15.08.1776. Em 01.08.1776 tem início a guerra contra os índios pimenteiras, para a qual marchou, da cidade de Oeiras, à frente de uma robusta expedição militar. A guerra contra os pimenteiras só viria a terminar em agosto de 1784, com a pacificação desses índios [Borges, 1878, p. 62, 150; Castello Branco, 1980, p. 101-4; Castello Branco Filho, 1984; Chaves, 2005, p. 125-46; Pereira da Costa, 1909, p. 51, 57, 61, 76, 78, 81, 86, 92, 96-7, 330]. Sobre perseguição, massacre, genocídio, destruição de aldeias indígenas e violação de índias acroás, gueguês, gamelas, timbiras e pimenteiras pelo tenente-coronel João do Rego Castello Branco [1º do nome] e seus filhos Antônio e Félix, ver estudos e publicações recentes [Carvalho, 2005; Carvalho, 2007, p. 209-14; Castello Branco, 2006; Chaves, 2005, p. 141-5, 426, 489-92; Machado, 2002; Miranda, 2004].
João do Rego Castello Branco [1º do nome] casou-se certamente na Matriz de Oeiras (?) em <1740> com PERPÉTUA LUZIA DE BARROS TAVEIRA, n. na freguesia de Santa Antônio, da Vila de Jerumenha, PI, Bispado do Maranhão
(b. 22.11.1728 na Matriz de Oeiras (?), PI), tendo como padrinhos de batismo o Dr. Antônio Marques Cardoso e Anna Rodrigues de Almeida.
Filha de Gonçalo de Barros Taveira (capitão-mor do Gurgueia, PI) e de Antônia Gomes Travassos, portugueses que chegaram a Salvador, na Bahia, em princípios do século XVIII e dali, por volta de 1710, passaram para Oeiras; residiam nos arredores de Oeiras em 1719, conforme consta de um inventário, sendo Gonçalo arrendatário de alguns fazendeiros baianos.
João do Rego Castello Branco [1º do nome] e Perpétua Luzia de Barros Taveira tiveram aparentemente cinco filhos, entre os quais: