Árvore genealógica de Ersilia de Souza Ribeiro


avós
maternos
Maria Jesuína da Rocha Fragoso + José Antônio de Carvalho
MÃE
Augusta Umbellina de Carvalho
1849 - Petrópolis (RJ) † 1931 - Rio de Janeiro (RJ)
avós
paternos
Maria José Rebelo Bastos + João Antônio de Souza Ribeiro
PAI
João Antônio de Souza Ribeiro Júnior
1842 - Inhomirim (RJ) † 1903 - Rio de Janeiro (RJ)

IRMÃO(s)
Ersilia de Souza Ribeiro
1869

Ersilia de Souza Ribeiro
n. 1869 - Niterói (RJ)
f. 1955 - Rio de Janeiro (RJ)
(idade: 86 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Fernando Pires Ferreira Filho
1872 - Rio de Janeiro (RJ)


FILHO(s) de Ersilia de Souza Ribeiro e Fernando Pires Ferreira Filho

   Verbetes


22285 / Volume 3B
Ersilia de Souza Ribeiro (id=25028);
22326 / Volume 3B
ERSILIA DE SOUZA RIBEIRO; (ERSILINHA), n. 25.07.1869 em Niterói, e + 09.01.1955 no Rio de Janeiro. Casou-se em 23.06.1903 na Igreja da Glória do Largo do Machado, no Rio de Janeiro, RJ, com FERNANDO PIRES FERREIRA FILHO, n. 09.10.1872 no Rio de Janeiro, e + 07.03.1961 no Rio de Janeiro. Batizado em 07.04.1873 na Igreja de São José, no Rio de Janeiro, e tendo como padrinhos: Luiza Cardoso de Mendonça (Ferreira de Sampaio) (esta, sua tia materna) e o Comendador José Ferreira de Sampaio, este, por procuração do Coronel João de Deus Pires Ferreira (este, tio paterno de Fernando Pires Ferreira Filho). Advogado formado no Recife em 1892. Cursou os primeiros anos na Faculdade de Direito de São Paulo (do Largo São Francisco), em São Paulo, ocasião em que fez amizade com o colega Washington Luiz Pereira de Souza. Como membro do Clube Republicano Acadêmico de São Paulo discursou em 15.05.1889 exaltando a abolição e clamando pela República, seguindo assim tradição da família (ver Gervásio Pires Ferreira no Volume 1, pagina 141, e neste Volume 3). Aproveitamos a ocasião para transcrever este discurso realizado por Fernando Pires Ferreira, quando tinha apenas 17 anos de idade, no dia 13 de maio de 1889, dia em que se Abolia a escravidão no Brasil (os originais deste discurso encontram-se nas mãos de Edgardo Pires Ferreira, neto de Fernando Pires Ferreira Filho). "Cidadãos Brasileiros, abolicionistas, republicanos e monarchistas". "Meu coração tambem pulsa, no meu peito tambem se accende o fogo do enthusiasmo, do patritismo. É por isso que a despeito da minha mesquinhez intellectual, entendo que direito me cabe unir a minha voz ao hynno das vossas acclamaçÕes, do vosso jubilo n´este festival dilecto quando a nação inteira vinculada pelos elos de um mesmo sentimento, frenetica, agita por sobre a cabeça dos vencidos, as palmas colhidas no combate o roble secular; quando a nação recorda a primeira victoria da liberdade contra o esclavagismo; quando commemora a queda da bastilha brasileira, o primeiro passo para a emancipação da patria". "O primeiro passo somente porque se do vosso esforço nasceu a proclamação dos direitos individuaes, a ampliação dos gozos politicos e sociais do preto, elle não pode, não deve, ensarilhar as armas quando a liberdade politica do branco aniquila-se, debilita-se e tende a desapparecer!". "Assim como nos tempos coloniaes a primeira tentativa de libertação foi suffocada no sangue de Tiradentes; assim como as subsequentes rebelliÕes pernambucanas de 17 e 24, no reinado de Pedro 1$" (ver Gervásio Pires Ferreira, neste Volume 3, Tomo 2; e Revolução Pernambucana de 1817, no Volume 1, pagina 316) "foram lavadas do solo da nossa patria pelo sangue de muitos martyres, tambem já no começo do reinado de Isabel 1ª e Gastão d´Orleans a palavra do orador popular abafada pelas patas de cavallo na praça publica". "E assim como Ophelia de Skeaspear se entretinha em pizar sob os pés as flores colhidas nos prados, tambem Isabel 1a. se entretem em calcar os pés a opinião publica, a aspiração nacional que se envereda para a Republica". "Cidadãos! agora que a vossa benevolencia me permitte depois de magistraes discursos, de tantos oradores, fallar diante do Moysés da campanha da abolição, o estimado Dr. Antonio Bento, seja-me licito oppor uma contestação a uma asserção de V.S.". "Diz V.S., na Redempção" (jornal communicativo ao dia 13 de maio) "de hoje, que a Princesa pondo em perigo a corôa e esquecendo-se de seus proprios interesses, sanccionou a lei 13 de maio, todos os abolicionistas são forçados a serem gratos a Ella!!". "Não! mil vezes não!!". "Abolição é no dizer de Castellar o resultado de uma evolução rápida, ou melhor de uma revolução!!". "E a revolução não a fez Isabel 1a.!". "Não a fez V.S., nem José do Patrocinio, nem Joaquim Nabuco e nem Quintino Bocayuva". "Contribuiram para ella, mas não a fizeram". "Assim como na atmosphera a tempestade não estala senão quando ha muita accumulação de electricidade, assim como não se formam os planetas senão quando a materia cosmica se condensa, assim tambem a revolução não vem senão depois do trabalho de muitos heróes, depois do soffrimento de muitos martyres, depois dos discursos de muitos tribunos, depois de escriptos de muitos publicistas, então as lagrimas e o sangue se evaporam e forma-se uma nuvem na consciencia publica e essa nuvem, a que ninguem pode resistir, a que ninguem pode deter, procura como instrumento Isabel 1a. e João Alfredo" (ver Volume 4, pagina 20) "então realizam ou por vontade ou á força as ideias que ella traz em seu impetuoso seio". "Cidadãos! devido a astucia daquelles que especulam com a intelligencia precoce dos ex-escravos, acham-se hoje na Côrte cinco mil pretos!!". "Quiçá! aproxima-se o dia da abdicação. Isabel 1a. subirá ao throno no Brasil; Gastão d´Orleans affirmará a sua autonomia no Imperio, o terceiro reinado abrirá as portas com ecletismo, argentarismo e militarismo". "Isabel 1a. subirá ao throno, mas não poderá impedir que seu throno para consolidar-se, primeiro nade no sangue de muitos patriotas; Conde d´Eu affirmará a sua autonomia, mas não poderá impedir que para isso seja apoiado na decapitação de muitos revolucionários; então quando a aspiração ao trabalho, industria e progresso for vedada a nossa actividade para ser substituida pelo eclectismo, argentarismo e militarismo, o terceiro reinado cahirá não aos golpes de uma facção seddiciosa, mas pela conspiração nacional. Salve a ti - futura Republica!!" (applausos prolongados, bravos!). "O socio do Club Republicano Fernando Pires Ferreira". Fernando Pires Ferreira Filho foi Major das forças revolucionárias, e secretário do estado-maior de Gumercindo Saraiva, quando da Revolução de 1893 contra o regima de Floriano Peixoto. Delegado, depois Chefe de Polícia do Distrito Federal, no Governo do Marechal Hermes da Fonseca. Prefeito (atual posto de Governador - do Alto Púrus (atual Estado do Acre) entre 1918-1920. Procurador Geral do Acre junto ao Tribunal de Apelação, sendo exonerado em 04.02.1931 pela ditadura de Getúlio Vargas. Depois de longo processo foi reintegrado ao cargo em 1941, e aposentado. A pedido da Nunciatura Apostólica e do Bispado de Manaus, autorizou por decreto a criação da primeira Prelazia do Alto Acre e do Alto Purús em 1920. Fernando Pires Ferreira Filho, era filho de Franklina Iria Cardoso de Mendonça (n. 1834 no Recife, e + 22.04.1887 no Rio de Janeiro) e de Fernando Pires Ferreira (n. 26.04.1842 na Parnaíba, PI, e + 27.10.1907 no Rio de Janeiro); sobrinho materno de Luiza Cardoso de Mendonça (n. 06.01.1837 no Recife, e + 06.12.1890 no Rio de Janeiro), esta, casada com o Comendador José Ferreira Sampaio (n. 04.07.1839, e + 15.06.1917 no Rio de Janeiro); neto materno de Manoel José Soares Cardoso (n. no Recife) e de Luiza Candida Militana de Mendonça (n. no Recife, e + no Recife); neto paterno de Antonio Pires Ferreira e de Lina Carlota de Jesus Rodrigues de Carvalho; bisneto paterno de José Pires Ferreira e de Marianna de Deus Castro Diniz; trineto de Domingos Pires Ferreira e de Joanna Maria de Deus Correia Pinto. No Volume 4, paginas 98-99, podemos encontrar mais dados bibliográficos de Fernando Pires Ferreira Filho. Ersilia de Souza Ribeiro (Ersilinha) e Fernando Pires Ferreira Filho foram pais de:
23520a / Volume 4
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Ersilia de Souza RibeiroErsilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4).
Ersilia de Souza RibeiroErsilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4) aos 80 anos; foto acervo Maria Martha Sanmartin Pires Ferreira; Rio de Janeiro.
Ersilia de Souza RibeiroErsilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4); foto acervo Maria Martha Sanmartin Pires Ferreira.
Ersilia de Souza RibeiroMissal que pertenceu a Ersilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4), quando tinha 15 anos de idade, <1884>; acervo Myriam Pires Ferreira (23525_4, 23531_4, 24813a_4).
Ersilia de Souza RibeiroErsília de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4); foto acervo Myriam Pires Ferreira.
Ersilia de Souza RibeiroErsilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4); foto acervo Myriam Pires Ferreira; 9 dezembro 1942.
Fernando Pires Ferreira FilhoConjunto de tinteiro, mata-borrão e caneta, usado na cerimônia de casamento de Fernando Pires Ferreira Filho (22326a_3B, 23438_4, 23520_4, 24694_4) e Ersilia de Souza Ribeiro (22285_3B, 22326_3B, 23520a_4) em 23 junho 1903, Rio de Janeiro; acervo Myriam Pires Ferreira (23525_4, 23531_4, 24813a_4).
Augusta Umbellina de CarvalhoAugusta Umbellina de Carvalho (22275_3B, 22283_3B, 22683a_3B), com seu bisneto Ronaldo Moreira da Rocha (22313_3B); Augusta Umbellina era a mãe de Ersilia de Souza Ribeiro. Foto acervo Ronaldo Moreira da Rocha; Rio de Janeiro, 1930.
Augusta de Souza RibeiroAugusta de Souza Ribeiro (22284_3B, 22286_3B), irmã de Ersilia de Souza Ribeiro, com seu neto Ronaldo Moreira da Rocha (22313_3B, 22315_3B); foto acervo Ronaldo Moreira da Rocha; Rio de Janeiro; 1930.
Ersilia de Souza RibeiroDa esquerda para a direita, em pé:
Reynaldo Pires Ferreira (23530_4), Maria Martha Sanmartin Pires Ferreira (23527_4), Luiz Cesar Póvoa (23555_4), Helion Póvoa Filho (23553_4), Rodolpho Pires Ferreira Póvoa (23552_4); Edgardo Pires Ferreira (23526_4), Regina Maria Pires Ferreira (23528_4) e Heloisa Maria Pires Ferreira (23529_4)
Sentadas:
Gilda Maria Pires Ferreira Póvoa (23554_4), Ersília de Souza Ribeiro (23520a_4, 22326_3B) e Myriam Pires Ferreira (23524_4); no aniversário de 80 anos da Vovó Ersília em 25 julho 1949, na casa da tia Nair, na rua Prof. Saldanha, 67, Lagos, RJ; foto acervo Regina Maria Pires Ferreira.